quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A holandesa de Monsaraz


A sua loja parece uma mais das três o quatro desta classe que podem encontrar-se em Monsaraz. Mas aliás dos produtos, o melhor é a pessoa que está atrás da montra.





Comecei a falar como ela porque eu percebei algo diferente na maneira de ela falar portuguès e durante os cinco minutos da nossa conversa (na que misturamos espanhol, português e inglês), descobri apontamentos de uma vida especial. 

Ela é uma holandesa que vive em Portugal desde ao no 1.962. Até 1976 morou perto de Lisboa. Viveu por tanto os anos finais da ditadura do Oliveira Salazar e do Marcelo Caetano e claro a revolução dos cravos do ano 1974.


No ano 1976 deslocou-se para Monsaraz. Ela não quis explicar por que mas a minha impressão foi que teve problemas com o governo (“comunista” ela disse com um tom estranho) desse momento.


Até há três anos, ela vive, o quando menos teve uma casa, em Monsaraz. Nesse tempo abriu uma loja de têxteis artesanais criou uma empresa que fabrica os mesmos produtos e os vende a outras lojas. No meio tirou épocas em Brasil e Moçambique.


Agora vive perto, na vila de Regueros de Monsaraz mas continua a ter aberta a sua loja de Monsaraz e a fabricar da sua mão parte dos produtos a venda. “Eu mesma faço os tapetes” assinalou-me misturando orgulho e estratégias de boa vendedora





Quando vocês iam a para Monsaraz, podem entrar na sua loja não só para comprar e olhar más também para falar com ela. Só mais uma coisa. Si fizerem, tentem perguntar-lhe o seu nome. Eu não teve tempo e esqueci de face-lo.

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