sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Grândola nao é só uma canção

Grândola, vila morena... Há por acaso quem não conheça este estrofe? É assim que começa a mais famosa canção da história moderna de Portugal. Pessoalmente, se tivesse de escolher um tema a simbolizar a luta dos povos pela sua liberdade, seria este canto do Zeca Afonso o que primeiro veria para a minha cabeça.



Visto a sua origem (do que se fala depois) e o seu enorme simbolismo, até parece lógico que nestas últimas semanas tenha sido recuperada como uma maneira de luta contra das medidas que estão a ser tomadas em Portugal. A dia de hoje já foram quaro ocasiões aquelas nas que algum dos membros de governo foram recebidos ou interrompidos durante uma intervenção por pessoas a entoar a Grândola.

Ainda mais, no passado 16 de fevereiro, na Porta do Sol do Madrid, centenas de pessoas começaram espontâneamente a cantar a "Grândola".

É incrível que quando já passaram mais de quarenta anos desde a sua criação, a canção continue a estar cheia de simbolismo e capacidade de fazer com que as pessoas reivindiquem de maneira pacífica os seus direitos.

Na última semana dedicamos uma das aulas a conhecer a origem deste tema. Visitamos, mesmo que fosse virtualmente, a vila de Grândola onde a canção nasceu. Deixo um recurso para vocês conhecerem mais do nascimento da obra do Zeca Afonso. Trata-se de uma reportagem emitido pela SIC TV (cliquem acima da imagem para ele se reproduzir). Já no princípio desta mensagem tenho-lhes mostrado uma cena do filme Capitães de abril a mostrar o momento no que o tema começa a soar pela rádio. Se alguém não treme com a cena é que não tem sentimentos.





Acho que este é o momento perfeito para nos conhecer esta estória e mesmo começar a aprender a sua letra. Desafortunadamente, tenho a certeza de que nos próximos tempos, teremos de entoar la muitas vezes. Será a maneira de ela servir novamente na luta contra uma ditadura, neste caso não só politica mas principalmente do sistema económico. 




Só mais uma coisa: hoje o senhor primeiro ministro de Portugal, Passos Coelho, afirmou que as demostraçoes que estavam a ter lugar, "não reflectem o sentir maioritário dos portugueses". É por isso que decidi acabar esta mensagem com a cena na que ele foi interrompido no parlamento Português. É a única resposta que é preciso dar as maluquices que ele está a dizer há muito tempo.

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