sábado, 2 de novembro de 2013

Deputados a fugir... da realidade

Como tudo o mundo sabes, o objetivo de este espaço é falar das atividades das minha aulas ao mesmo tempo que são apresentadas diferentes notícias de Portugal, Brasil o algum outro dos países lusófonos.

Apesar disso, por vezes é impossível deixar passar algumas notícias que por diferentes razoes merecem a nossa atenção. É este o caso do mais que significativa e vergonhosa cena acontecida na câmara dos deputados de Espanha no passado dia 31 de Outubro.



As imagens já deram a volta ao mundo. Apenas terminada una votação no congresso e sem apenas esperar o resultados, os deputados espanhóis abandonam a câmara numa pressa que poderia levar a pensar que alguma emergência tinha provocado a evacuação urgente da câmara. Mas, tranquilos, não era assim, simplesmente tratava-se de que nesse dia começava uma ponte festiva e muitas das suas senhorias andavam pressas para desfrutar as suas férias.



Para entendermos melhor, é preciso conhecermos o contexto da cena. Tinha lugar una votação na qual os representantes do povo espanhol tinham de aprovar os cortes nas reformas no sentido de reduzir mais uma vez a sua quantia.

É evidente que era um assunto não só importante mas que para já pode ser considerado vital para muitas pessoas. Em consequência disso, poderíamos pensar que apesar da medida ter sido aprovada, os deputados tiveram quando menos o bom senso de mostrar uma consideração especial com aqueles cidadãos que iam ser afectes pelos cortes.

Mas não foi assim. Pelo contrário, os representantes eleitos pelos espanhóis nem sequer aguardaram a saber o resultado da votação. Limitaram-se a carregar no seu botão e iniciaram uma espécie de fuga colectiva durante a qual algumas deles até estiveram em sério risco de cair ao chão ou atropelar algum dos seus colegas.

Reprovável e vergonhoso. Pois não? Pareceria lógico por tanto que estes reflectissem acerca do acontecido e quando menos pedissem desculpas pela sua actuação. Longe disso os nossos deputados não só justificaram a sua atuaçao mas ainda por cima reprovaram aos cidadãos que tinham mostrado a sua indignação nas redes sociais.



Não é preciso fazer mais comentários. Deixo que aqueles que leiam esta mensagem tirem as suas conclusões. Ainda mais, seria uma boa ideia fazer chegar os nossos comentários que foram eleitos por nós. No meu caso, só peço para nos próximos dias não me encontrar com nenhum deles... Até poderia ser que os meus colegas e amigos se viram na obrigação de visitar-me na cadeira...

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