domingo, 15 de dezembro de 2013

Um símbolo, uma tragedia, um passado

O Alto Minho vive nestes dias uma dasetapas mais tristes da sua história. A região aguarda o fim de aquilo que foi durante anos o seu coração: os estaleiros de Viana de Castelo. Aqueles que uma dia foram considerados “A jóia da coroa da construção naval portuguesa” desapareceram em apenas umas semanas levando com eles uma grande parte da vida económica e de aquilo que dava sentido à vida de muitas pessoas nesta área.



Pode considerar-se um símbolo do declínio industrial não só do alto Minho mas também de todo Portugal. Uma industria que viu como ninguém teve a capacidade de evitar o seu declínio e que finalmente é vendida a um grupo estrangeiro que nem garante a continuidade dos empregos dado que só está interessada nos terrenos que ocupavam os estaleiros.

Como é possível termos chegado a uma situação como esta? É esta a pergunta que surge de muitos dos protagonistas desta reportagem “O fim do Império”. Trata-se de um conteúdo emitido pela Antena 1 e que nos acerca à situação de Viana de Castelo. Como já diz, tem um enorme interesse porque além de ter um componente humano incontornável, é um grande exemplo de como toda a economia portuguesa e o próprio país foram conduzidos até o pesadelo que agora vivem.




Talvez possa servir parra reflexionarmos acerca do que aconteceu acerca do nosso passado imediato ao mesmo tempo que para pormos em causa tudo aquilo que os nossos reais governantes (FMI, OCDE e algumas grandes firmas) contam quando dizem que é através do fecho das industrias, os despedimentos e o empobrecimento que podemos aspirar a um futuro melhor.

PS. Além de ouvirem a reportagem, recomendo para procurarem notícias nos jornais. Deixo aqui alguns exemplos:

sábado, 7 de dezembro de 2013

Obrigado, Madiba

Bastaram-lhe quatro anos na presidência para mudar o rumo do seu país e os pensamentos e os sentimentos de milhoes de pessoas. Tinha permanecido por quase trinta anos na cadeia por causa da sua luta contra a segregação racial na Sul África. O homem que durante o seu julgamento tinha dito que sabia que viveria para conhecer a democracia e a igualdade mas que estava disposto a morrer por elas, conseguiu aquilo que parecia mais do que impossível: tornar um país marcado pelas feridas de um regime opressor e inumano um exemplo de esperança para o Mundo.

Nelson Rolihlahla Mandela, Madiba, é para mim uma das duas o três mais grandes personagens de um século XX. Como já declarou um dos jornalistas que mas tem aprofundado na sua figura, John Carlin, “e provável que nunca mais conheçamos ninguém como ele”. Uma mistura inigualável de determinação, princípios morais, inteligência e sobre tudo a excepcional capacidade de ser capaz de fazer próprias as expetativas e sentimentos de todos.



Mandela era uma das únicas pessoas que podia chamar “Elisabeth” com absoluta naturalidade ao mesmo tempo que podia conseguir que os seus guardacostas brancos sentiram que ele se preocupava por eles e a suas famílias. Madiba, o avó, compreendeu que só através de compreensão e da capacidade de integrar era possível avançar. De alguma maneira, 'e título do livro que sobre a sua figura e a importância do Mundial de Rugby de 1995 teve na criação da nova sul-África, que melhor definhe qual foi a chave que Mandela descobriu como única para superar qualquer situação e fazer a humanidade avançar: “O fator humano”.

Na altura da libertação e a posterior presidência de Mandela eu era um jovem universitário que viu naquela história uma mensagem de esperança, da possibilidade de um mundo melhor ser não só uma utopia mas uma possibilidade tangível e alcaçavel quando as melhores qualidades do ser humano são postas em marcha. Depois, através dos inúmeros livros, reportagens, documentários e filmes que lhe foram dedicados, foi descobrindo que a figura de Mandela é (porque ficou já para sempre connosco) ainda mais grande do que eu nunca tinha imaginado.

Anteontem, Madiba finalmente descansou. Há alguns anos, tinha dito que ele já tinha feito tudo o que ele tinha que fazer pelo seu país. Segundo o que eu li nestes dias, a sua vida pessoal esteve marcada por desgraças e problemas, muitos deles derivados dela sua luta política. Seja como for, Nelson Mandela foi um presente à humanidade. Um exemplo para todos nestes tempos de desesperança. Até já, Madiba. Fica para nos a tua herança e acima de tudo um de modelo de como é possível tornarmos a nossa realidade por médio da inteligência, a sabedoria e a compreensão.


Deixo cá links à algumas das muitas página que lhe foram dedicadas. Nestes dias de férias, podem ser uma letura inigualável e até diria que incontornável.




sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Música, música, música

É difícil encontrarmos uma melhor maneira de aprendermos uma língua do que através da música. Talvez por isso o talvez porque ouvir boa música é sempre um prazer, para mim é óptima a utilização das canções em português que a professora faz, introduzindo-nas na a maioria das nossas aulas. Seja o que for, o certo é que em apenas dois meses, temos ouvido muitíssima música, não só portuguesa mas também brasileira.


Evidentemente podia introduzir numa única mensagem todas as canções que temos ouvido nas aulas. No entanto, achei melhor usar pequenas doses da nossa música “educativa” a começar com esta “Falsa baiana” que a gente teve o prazer de ouvir enquanto trabalhamos pela primeira vez o português de Brasil.


Quero agradecer à Ligia o fato de ter-nos permitido ouvir este tema. Além de ser uma canção fantástica, conseguir alegrar um dia que tinha sido horrível até esse momento. Se não tivesse sido pela canção, nem sei se poderia ter acabado de uma maneira otimista. E pronto, desfrutem-na e não se preocupem caso não poderem começar a dançar.

domingo, 10 de novembro de 2013

Boas notícias (e boa música)

“Boas notícias” é uma página web de notícias muito diferente. Apesar do seu formato ser o tradicional de um jornal on line, só publica notícias positivas, otimismas e alentadoras. Por vezes, até pode parecer dificílimo conseguir novos conteúdos para um jornal assim. No entanto, é possível. Há outra (ou outras) realidades alem da crise e dos muitos problemas que nos estão a castigar às nossas sociedades.



Dado que, ao meu ver, é preciso tentemos fugir da depressão coletiva à que fomos empurrados pelos mesmos responsáveis dela crise económica; pode ser uma boa ideia dar um olhar a este jornal tão especial. Acho que uma dose de apenas cinco minutos por dia pode ajudar para nós mudar o nosso pensamento.



É por isso que a primeira mensagem desta semana é dedicada a este portal web. Afortunadamente, o mais difícil nesta mensagem não foi redigi-la mas fazer a escolha da notícia que ia ilustrá-lo. Após muitas dúvidas, achei que a mais simpática era que aconteceu dias atrás em Berlim.

O resumo seria este: um música da rua estava a interpretar um tema do antigo cantor dos Comunards JimmySommerville quando o próprio autor da música apareceu e juntando-se ao músico, formou com ele um duo inédito.



Uma grande notícia para começarmos a semana. Pois não? Além do vídeo da notícia, deixo cá a canção original. Dancem e desfrutem. Boa semana para tudo, apesar de tudo